" É o último moicano da “geração dourada” do FC Porto campeão da Europa e do Mundo. Vítor Baía no banco, onde deverá continuar no próximo domingo, na deslocação a Vila do Conde, é uma imagem difícil de suportar não só pelos seus admiradores.
O jogador, claro, mantém-se em silêncio, que nos dragões segue o período de “contenção verbal”, só quebrado a seguir aos jogos, para os compromissos televisivos, e pelo presidente do clube, como aconteceu anteontem, em Espinho, onde Baía foi mais uma vez homenageado.
Só sexta-feira se sabe se o Conselho de Disciplina reduz ou anula o castigo de dois jogos que impôs a Adriaanse, mas se tal acontecer a imagem que abre esta página vai repetir-se em Vila do Conde, como aconteceu no jogo particular com o Dínamo de Moscovo.
Com Baía bem próximo do holandês que já o tinha mandado para o banco no primeiro jogo do Torneio de Amesterdão, onde surpreendeu tudo e todos quando disse que ainda não tinha decidido quem iria iniciar a época como titular da baliza.
Aval presidencial
Como sempre acontece, ninguém no interior do clube portista contesta publicamente a opção do treinador que recentemente prolongou o seu contrato até Junho de 2008. Adriaanse está “avalizado” por Pinto da Costa. O presidente apostou tudo no treinador holandês, depois de ter falhado ao escolher Luigi del Neri, Víctor Fernández e José Couceiro. E o clima só não é mais pesado, hoje, porque o FC Porto segue na liderança do campeonato, embora ainda com a obrigação de ter de jogar na Luz e em Alvalade.
A pressão está agora sobre Adriaanse e o banco. O holandês parece inamovível. Mas balas já começam a ser disparadas dos mais diversos quadrantes, por ora com silenciador. Não é uma simples mudança de guarda-redes que está em casa. É Vítor Baía."
Autor : Eugénio Queirós
Fonte : Jornal record
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