quinta-feira, março 30

Está realmente fantástica!

Caros adeptos, por achar que este comentário do Jornal o "O Jogo" estar fantástico e demonstrar claramente muito do que se passa à data de hoje é que não a poderia deixar passar em branco e transcrevê-la para este espaço senão leiam:

"Adriaanse e...O erro de Descartes
Se um computador concluísse que o guarda-redes devia ser Helton, não lhe faria diferença que Baía tivesse sofrido um frango no jogo anterior. Se um computador considerasse que Jorge Costa não tinha condições físicas para ser mais do que o quinto central, ignoraria as facetas do ex-capitão às quais a matemática não se aplica. Se um computador avaliasse Postiga como irrecuperável, recambiá-lo-ia para os bês, sem mais explicações. É o que se espera de uma infalível combinação de chips e circuitos. De um ser humano, mesmo um ser humano holandês, espera-se diálogo. Especialmente se estiver convencido de que tem razão."

E temos mais:

"Neste último par de meses, Adriaanse permitiu poucas razões concretas para censuras e foi vítima de muitas injustiças, mas também errou. E continua a errar. Seja qual for a perspectiva que se escolha, o tratamento dado a Postiga e agora a Diego é a mais absurda das alternativas disponíveis. Pelo desperdício de recursos, pela ideia de intolerância que sublinha, pelo mau estar que forçosamente cria nos colegas, se calhar até por colocar em risco um investimento do clube que poderia ser salvaguardado com alguma facilidade, não se entende que um jogador seja posto de parte e ponto final parágrafo. É ainda menos compreensível nestes dois casos, porque Adriaanse expressou e depois demonstrou, em diferentes fases da época, uma certa preferência por ambos, com certeza baseada no que viu em treinos e jogos. Se passaram a portar-se mal de repente, seria preciso chamar a ONU para intermediar negociações que os convencessem a trabalhar como antes?
Diego estava a produzir pouco para justificar a concessão de um dez no FC Porto, mas desde que esse lugar se extinguiu houve oportunidades mais à medida dele do que de outros a quem o holandês as entregou. A equipa não pode ter saído a ganhar. Manter o jogador na prateleira talvez pareça um castigo conveniente à inconveniência das declarações do pai - que deu à estampa a intenção de sair -, mas está por provar, como sempre nestas situações, que o castigado seja de facto ele.
Pior acontece com Ibson. Menos talhado para o estilo actual do FC Porto, foi várias vezes o quarto médio dos convocados; várias vezes foi preciso substituir um dos outros três e nunca lhe foi dada uma hipótese, que, no mínimo, teria o benefício de o motivar. O que acontece nos treinos, sobretudo nos treinos que não nos deixam ver, não sabemos; nos jogos, Ibson nunca foi jogador para desprezar desta maneira. Enganará assim tanto?"

Sem dúvida que o desperdicio de jogadores e de alternativas existentes é tão grande para evitar tantos erros do treinador que...dá mesmo que pensar.

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