sábado, agosto 5

Manchester United 3 - FC Porto 1

Subscrevo totalmente e acrescento onde foram inventar um holandes voador, o alan a ponta de lança, temos outro fetiche Adrianse ... o ano passado era o jorginho agora é o alan , ninguem consegue explicar ao homem que futebol , nao se joga com um quadrado , é mesmo com bola.......


Sem ponta para pegar
Atenção que não é o mesmo que dizer que este FC Porto não tem ponta por onde se lhe pegue. Há indícios bons, mas um problema inultrapassável enquanto não de resolverem as deficiências no ataque. Na defesa também houve algumas para rever

As voltas são muitas, mas não há maneira de sair do sítio. O sítio é o ataque deste FC Porto, onde assentam dúvidas que o Manchester fez o favor de destapar outra vez. O problema é que também destapou outras na defesa, mas o melhor é avançar por partes e começar pela frente. A fé inabalável depositada em Alan, circunstancialmente atirado para o meio, não terá sido mais do que um acto experimentalista de Adriaanse. Que não deu certo. Sem essa ponta, órfãos de uma referência na área, os portistas deslizaram no relvado com pouca consistência, encravados num carrossel de ataque que rodava desgovernado. Tarik, Vieirinha e Alan bem que giravam, mas não havia maneira de furar a defesa inglesa, apesar da ilusão contrária que os primeiros dez minutos chegaram a sustentar. Raul Meireles procurou, então, emendar essa incapacidade com a meia distância, ainda que sem encurtar da maneira que desejaria o caminho para a baliza. Do outro lado, o Manchester acertava em cheio. Depois de o FC Porto ter desenrolado a primeira passadeira que foi estendendo com generosidade, Scholes explicou o sentido didáctico das transmissões televisivas do campeonato inglês. Qualquer pessoa minimamente atenta sabe que deixar o médio solto à entrada da área é praticamente uma nota suicida. Os portistas facilitaram, deixando-o sem a marcação adequada, e pagaram com um golo as consequências dessa leviandade.

Tão mau ou pior do que isso, só mesmo a falha protagonizada por Alan instantes depois. Os ingleses esticaram-lhe também uma carpete, mas o brasileiro enrolou-se quando só tinha Van der Sar pela frente. O FC Porto perdia uma excelente oportunidade para empatar e, como se não bastasse, abriria, no seguimento da jogada, nova cratera defensiva que Rooney tratou de aproveitar. Bosingwa assinava com esse lance mais uma página de um livro rico em asneiras, catapultando o Manchester para uma vantagem tranquila. A reacção portista apresentava-se com moldes decalcados das dificuldades anteriores: velocidade, pontualmente até com boa troca de bola, mas pobrezinha onde se exige riqueza de argumentos. Na área.

Agora contra dez, depois contra nove


Ainda antes do intervalo, Rooney aumentou a colecção de cartões vermelhos que costuma ver quando se cruza com portugueses. O FC Porto garantia vantagem numérica e Adriaanse encontrava nesse ponto um estímulo adicional para combater o desânimo gerado por uma desvantagem gorda. O holandês alterou o sistema, subtraindo Pedro Emanuel à defesa para fazer entrar Adriano. Alan manteve-se como parceiro e a menção está longe de ter uma intenção persecutória contra o brasileiro, que fez o que pôde em tarefas que lhe são - e serão sempre - estranhas. A jogar com dois avançados na área, os portistas ganharam alguns metros, por culpa também da vantagem numérica, e partiram para um assalto à baliza do Manchester. Sem êxito, apesar das tentativas de Adriano. No outro extremo, a defesa continuava a pecar mais do que devia. E Bosingwa rebentava com a tentação pecaminosa, moralizando Solskjaer com uma avenida que o norueguês agradeceu. Importava referir que antes disso já os ingleses estavam reduzidos a nove jogadores, por expulsão de Scholes. Mesmo contra esses, o FC Porto revelava dificuldades para acertar com o caminho da baliza, ficando-se por algumas promessas residuais. Até surgir o pontapé de raiva de Pepe, a uns metros valentes da baliza. Um momento único de lucidez na pontaria desafinada. Isto da pontaria pode parecer apenas um detalhe, num rendimento que, a espaços, não envergonha ninguém, mas haverá quem se atreva a dizer que não é um detalhe importante? Pois é, rodamos e voltamos ao mesmo sítio: o ataque.

Árbitro
Rooney à bruxa


Rooney já não pode ver portugueses à frente. É verdade que às vezes afasta-os a pontapé e, por isso, acaba os jogos mais cedo, mas ontem, à primeira vista, a braçada em Pepe não pareceu intencional. Vindo dele, os árbitros desconfiam e lá foi mais um vermelho para a colecção. O melhor mesmo é ir à bruxa e resolver de vez o enguiço com portugueses. Scholes foi expulso e bem. Já tinha um amarelo e podia ter evitado aquela entrada assassina sobre Quaresma.

Ficha de jogo


Estádio ArenA| relvado: bom | espectadores: 25 mil | árbitro: R. Bossen (Holanda) | assistentes: J.F. Olde Olthof e S. van Roekel |

Manchester United 3 - FC Porto 1

GOLOS [1-0] Paul Scholes 12’, [2-0] Rooney 20’, [3-0] Solskjaer 74’, [3-1] Pepe 76’

fonte:o jogo - HUGO SOUSA

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